quinta-feira, 30 de maio de 2013

Na Tela - Em quem você confia?

As relações de amor e confiança são base para construção de Trust, filme do diretor americano Hal Hartley, lançado em 1990. O filme começa com Maria (Adrienne Shelly) falando para os pais que quer se casar e que vai morar com o namorado, pois está grávida dele. O pai da jovem acaba discutindo com ela, e quando ela sai de casa, ele morre. Matthew (Martin Donovan) é o outro protagonista. Agressivo, larga o trabalho onde conserta televisores. Ele também tem uma relação conturbada com o pai, que é obcecado pela ordem e trata o filho como um empregado. O conflito entre os dois só piora depois que Matthew fica desempregado. Só uma granada de guerra que ainda consegue unir pai e filho.

Maria vai atrás do namorado falar da gravidez e ele termina a relação. Depois de visitar uma clínica de aborto, a jovem volta pra casa e descobre que o pai está morto. Maria começa a andar pela cidade, e vai para uma casa abandonada. Matthew acaba encontrando a garota lá e a leva para sua casa. Nesse ponto que os dois começam uma relação de confiança.

Sem saberem muito um do outro, eles começam a dividir o dia-dia. Maria sugere um teste. Ela se joga de uma altura pra ver se Matthew vai segurá-la. Esse é a prova de que ela confia nele. O homem assume o filho da jovem, resolve arrumar um emprego e sai da casa do pai. Ele passa a morar junto com a família de Maria. A mãe dela tenta de todas as formas juntá-lo com a filha mais velha.

Em meio a toda essa confusão, é possível perceber que a confiança criada entre os dois pouco se abala. Mesmo quando Maria encontra o "noivo" deitado na cama da irmã, ela não se abala, pois sabe que ele não seria capaz de traí-la. É importante destacar que a relação mostrada no filme é totalmente assexuada. Eles são mais amigos do que um casal.

Trust põe em questão o sentimento que pode existir entre pessoas estranhas e qual é o fio capaz de ligar universos distantes. Seja uma senhora triste num ponto de ônibus, ou um vendedor de loja de conveniências, confiar pode ser um ato de amor - ou de inocência.

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