Não havia melhor faixa para iniciar o álbum de estreia do The Slow Readers Club do que One Chance. Os ingleses de Manchester trazem um tom pesado na primeira canção. Com um ritmo mais soturno, esse é o ponta pé para mostrar o que a banda pode fazer ao misturar elementos do rock, indie e eletrônico sem se perder.
Com nome homônimo ao da banda, o álbum lançado em maio do ano passado traz uma personalidade forte ao explorar pontos específicos de gêneros um pouco distintos. One More Minute reforça a ideia do pedido ao ouvinte para que ouça um pouco mais do que o grupo tem a oferecer. Menos introspectiva do que a primeira faixa, a sequência de músicas fica animada pelos rifes de guitarra marcantes. A voz de Aaron Sharkie tem um bom tom e não canta de modo pesado, contribuindo para um trabalho leve.
Em Block Out The Sun, o The Slow Readers Club começa a caminhar para o indie com uma melodia bem diferente. Ainda com pegada reflexiva, o grupo aos pouco começa animar o álbum. All Hope continua a seguir esse curso, trazendo a bateria de Neil Turvin mais agitada e ao mesmo tempo menos densa. Já Sirens beira o eletrônico com a guitarra carregada de Kurtis Starkie.
O ponto alto do álbum é Feet On Fire. A faixa é empolgante ao estilo The Killers. Com uma letra simples e expressiva, com certeza é o destaque. A banda poderia - e deveria - arriscar mais por esse caminho. Essa é sem dúvida a canção que empolgaria a platéia, animando a noite.
Follow Me Down soa como uma forte influência de Stereophonics. Novamente a voz de Aaron Sharkie, com ajuda do backing vocal de Kurtis Starkie, traz a leveza necessária para não cair em algo mais sombrio, se assim posso dizer. Enquanto isso, Lost Boys traz uma melancolia caracterizada pelos conterrâneos do The Smith. Com tom reflexivo sobre o lugar que cada um ocupa - ou não - no mundo.
Ficou interessado em conhecer mais o trabalho do The Slow Readers Club? O álbum de estreia dos ingleses pode ser ouvido na íntegra no site oficial. Se não quiser perdê-los de vista, siga-os nas redes sociais.
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