Não tem por onde começar, e nem por onde terminar, a falar sobre a jovem paulista Stephanie Toth. Mas não tem mesmo. A figura do folk brasileiro, vista por alguns como cria da Mallu Magalhães, é um mistério. Não é fácil achar informações sobre Toth nem mesmo com a ajuda do senhor Google. Mas... Uma coisa é possível perceber, o trabalho - ainda no começo - é de qualidade e traz referências interessantes.
Fã mais do que assumida de Elliot Smith, Stephanie buscou influências no folk para sua música. As faixas trazem um tom introspectivo e sensível. Control tem uma melodia suave, como boa parte do trabalho, em que o violão marca o tempo. A voz, em alguns momentos, faz lembrar a da inglesa Kate Nash (mas sem o sotaque carregado). Book B não tem letra, mas consegue trazer um desconforto. O ritmo dá um nó na garganta de maneira estranha. Se concentrar nessa faixa é, talvez, fazer uma viagem.
Far From France tem um jeito mais agressivo. De quem não quer deixar por menos. O que passou não parece bem resolvido e não tem como ficar assim. So Much Longer deve ser a composição mais madura de Stephanie. Bem introspectiva, traz reflexões interessantes sobre o gostar.
Grey Is The New Green tem traços fortes da melancolia do gaúcho Nelo Johann. A voz arrastada de Stephanie lembra o ritmo que Pigeon Suicide Squad arranha no ouvido. The Size Of A Buick dá um respiro mais animado. Se comparado às outras faixas, essa é uma balada.
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