segunda-feira, 3 de junho de 2013

Som de Cá - Em Movimento

Com raízes tropicais e influências de pop e rock, o Maglore conquistou o cenário alternativo, se tornando uma das bandas mais bem aceitas do meio. O grupo lançou Vamos Pra Rua na semana passada, um álbum interessante, maduro e rico. Tal riqueza vem do número de referências literárias (Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre), folclóricas e musicais. O disco também é uma celebração ao convívio e às relações humanas. Nada de "orgasmos virtuais".

O segundo trabalho da banda traz duas participações. Carlinhos Brown aparece em "Quero Agorá", faixa mais tropical do disco, que exalta a cultura brasileira e diz que a "velocidade que impede de sentir saudade de você" e que "jornais eletrônicos tiram a graça de ler no domingo". Em "Nunca Mais Vou Trabalhar", Wado divide os vocais com Teago (vocal e guitarra) e com um coro de cirandeiras.



"Beagá" é uma homenagem à capital mineira. Minas também está presente em "Debaixo da Chuva", que lembra canções do Clube da Esquina. "Avenida Sete" é a fração carnavalesca. Teago dá voz a uma mulher que lamenta o fim de uma relação em "Motor".


Mas o rock, que é a essência da banda não fica de fora no disco. Ele aparece em "Beleza de Você" e "Espelho de Banheiro". Os grandes trunfos do disco são "Demais, Baby" e "Vamos Pra Rua", que mesclam uma sofisticação pop ao bom rock que a banda sabe fazer.



Teago Oliveira, Léo Brandão (teclados e guitarra), Nery Leal (baixo) e Felipe Dieder (bateria) estão juntos desde 2009. O primeiro disco da banda, Veroz, saiu em 2011. Os baianos conseguiram juntar em um disco hits em potencial, que fizeram sucesso na rede e chegaram nos canais de clipes como "Demodê", "Enquanto Sós", "A Sete Chaves" e "Todos os Amores São Iguais". Vindos da terra de Raul Seixas, Camisa de Vênus e Pitty, os meninos movimentam o underground trazendo um novo ar para o rock brasileiro.



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