Existe uma boa safra de bandas fazem rock com boas letras e melodias de qualidade na cena nacional. O difícil é alguma delas conseguir sair do underground e chegar às grandes rádios e TVs. Esse é o caso dos Selvagens à Procura de Lei, banda de Fortaleza, no Ceará, formada por 4 amigos que sabem fazer um rock moderno, aspirando bandas dos anos 80, com arranjos radiofônicos e refrões que colam.
Apesar de estarem há um bom tempo na estrada, a banda começou a aparecer na grande mídia em 2012 como revelações em premiações e canais de música. Agora, eles são uma das atrações confirmadas na terceira edição do Lollapalooza Brasil. Mas até chegar lá, os 4 amigos - Gabriel Aragão, Rafael Martins (voz e guitarras), Caio Evangelista (baixo) e Nicholas Magalhães (bateria) - mostraram sua proposta em dois EPs lançados em 2010.
O primeiro disco veio no ano seguinte. Aprendendo a Mentir (2011) mostrou ao público as boas referências dos cearenses em faixas como "Amigos Libertinos", "Casona", "Sobre Meninos Elétricos e Mãe Solteiras" e "Esperando Pelo 051". As guitarras emulam riffs com influências da jovem guarda, do BRock e tudo de melhor que já foi feito na cena brasileira. Também há espaço para as baladas pop rock para tocar no rádio como "Semana Passada", "Doce/Amargo" e "Jamoga".
A afirmação do nome no hall da fama do rock alternativo do Brasil aconteceu no ano passado com o lançamento do homônimo Selvagens à Procura de Lei (Universal - 2013). Agregados a uma grande gravadora, os meninos abrem o disco cantando que são a "praia do futuro do Brasil" na faixa de abertura "Massarrara", que tem um clima ensolarado, praieiro. Com um arranjo crescente bem construído, "Juventude Solitude" faz um ensaio sobre a geração da qual os músicos fazem parte. A melancolia é acentuada pelo solo de guitarra e uma pergunta angustiante: "será que você vai se tornar o que esperam de você?".
Muita gente acredita que o ano só começa depois do Carnaval. Os Selvagens também acreditam nisso e deixam claro em "Brasileiro", que faz um retrato dos cidadãos deste país. Já em "Mucambo Cafundó" eles falam do seu próprio povo do nordeste, que chegam em outras cidades ondem ninguém se importa tanto com tal figura.
"Despedida" é uma bela canção na qual o baterista Nicholas divide os vocais com Gabriel e Rafael. O amor continua forte em "Carrossel Em Câmera Lenta", que tem uma letra bem sacada e com frases interessantes como: "dance comigo sobre os fracassos que um dia eu vou cometer".
Uma camada de guitarra preenche o arranjo de "Crescer Dói" e dá uma bela forma até ela chegar na maturidade. "Enquanto Eu Passar na Sua Rua" é um trunfo da banda, com uma letra feita para cantar junto e uma melodia que poderia estar entre as mais pedidas de uma FM um pouco segmentada.
Uma camada de guitarra preenche o arranjo de "Crescer Dói" e dá uma bela forma até ela chegar na maturidade. "Enquanto Eu Passar na Sua Rua" é um trunfo da banda, com uma letra feita para cantar junto e uma melodia que poderia estar entre as mais pedidas de uma FM um pouco segmentada.
O instinto da juventude fala alto nas letras e melodias do quarteto. Questões sobre futuro estão presentes na maior parte das faixas, o que faz com que essas músicas marquem um momento possivelmente importante na vida dos músicos e que vão ficar registrados para a posteridade.
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