Lucio Silva de Souza é um dos músicos brasileiros mais comentados nos últimos anos. Adotando o sobrenome SILVA como a logomarca do seu trabalho, o capixaba lançou em 2011 seu primeiro EP, produzido totalmente por ele. No ano seguinte, já com destaque de revelação e com grande respeito da crítica, o músico lançou seu primeiro disco completo, Claridão (Slap – 2012).
A estreia fonográfica de SILVA trouxe canções construídas sobre bases eletrônicas e sintetizadores fazendo referências à década de 1980. Apesar do clima melancólico de faixas como “Cansei”, “Posso”, “Moletom” e “Imergir”, as texturas criadas por ele acabam conquistando o ouvinte.
Claridão também tem momentos épicos como a faixa “12 de maio” e outros mais alegres, como na faixa-título, que apesar disso tem trechos introspectivos e minimalistas. Já o tom doce de “A Visita” fez com que a faixa tocasse em uma propaganda de cosméticos.
Inspirado pelo clima de verão, praia e pela vontade de mudar a sonoridade, fez com que SILVA investisse numa musicalidade mais leve no seu segundo trabalho. Vista Pro Mar (Slap – 2014) foi lançado no dia 17. A faixa de abertura que dá nome ao trabalho já aponta mudanças na sonoridade com um arranjo de metais no fim da música. Já “Entardecer” traz o clima de um fim de tarde ensolarado, com som do mar - que está presente em outras faixas - e uma trip bem encaixada no fim da música.
A viagem se estende até "Okinawa", que tem tons orientais e traz a participação doce de Fernanda Takai. Em seguida vem "Disco Novo" com uma batida saudosista e leve e com a letra que convida o ouvinte a prestar atenção no trabalho dele.
Na segunda metade do trabalho, SILVA faz um ótimo uso da música eletrônica criando atmosferas inspiradas e contagiantes, como em "Universo", "Capuba" e "Volta". Já em "Ainda", ele canta acompanhado de um violão, um momento inesperado nesta altura do disco, mas muito bem feito. O disco termina com "Maré" que retoma o clima de verão do disco e deixa uma sensação de leveza no ouvinte.
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