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| Poster da temporada carioca da turnê de 15 anos da banda |
Faltavam quatro minutos para a meia noite quando as cortinas negras abriram. Aos poucos - e aos gritos - a banda foi subindo ao palco. Os Hermanos pareciam estar tão felizes quanto os fãs. O esperado reencontro afinal aconteceu depois de três anos sem tocar na cidade. O terceiro show da turnê no Rio começou com os fãs cantando a primeira estrofe de "O Vencedor", deixando Marcelo Camelo com cara de enorme satisfação.
O repertório trouxe canções dos quatro discos cantadas pelo público que lotou a Fundição Progresso - com exceção da inédita "Um Milhão", de Rodrigo Amarante. Teve serpentina nas músicas mais carnavalescas como "Todo Carnaval Tem Seu Fim" e "Pierrot". Teve flor plástico em "A Flor" - que Bruno Medina recebeu de um fã.
Camelo dedicou "Mais Uma Canção" para Mallu Magalhães, sua namorada, que estava lá assistindo. Sua avó, que também estava presente, ganhou "Conversa de Botas Batidas", música que teve um dos maiores e mais bonitos coros da noite - só perdeu para "Anna Júlia" e "Último Romance".
A banda estava entrosada, apesar de não conversar muito com o público. Amarante saudou o público depois da quinta música. Camelo só depois de quarenta minutos de apresentação. Amarante era o mais extrovertido e brincalhão. Em "Quem Sabe", pulou para o corredor entre a grade e o palco e depois escalou a estrutura do palco, de onde poderia fazer um grande mosh, se não fosse um show do Los Hermanos. Em duas horas, a banda tocou 30 músicas numa performance vibrante - mérito de Rodrigo Barba, que deu um peso especial às canções -, carregada de emoção. Quem esteve lá, testemunhou uma noite incrível e inesquecível.
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