Muita gente deve achar estranho uma banda de rock sem guitarras. Pois bem, a banda britânica Royal Blood faz um rock dos mais pesados apenas com baixo e bateria. Formada em 2013 na Grã Bretanha, o duo composto por Mike Kerr (voz e baixo) e Ben Thatcher (bateria) bebe na fonte do garage rock e do blues rock, e são muitas vezes comparados a bandas como White Stripes e Queens of The Stone Age.
O single de estreia da dupla, “Out of the Black”/”Come on Over”, foi lançado em novembro de 2013. Mas meses antes, o baterista dos Arctic Monkeys, Matt Helders, usou uma camisa da banda na edição daquele ano do festival Glastonbury. Após o lançamento do single, a banda passou a ficar conhecida e foi convidada para diversos festivais – como South by Southwest, nos EUA, T in The Park, na Escócia, e Reading Festival, na Inglaterra –, além de abrirem dois shows dos Arctic Monkeys em abril deste ano.
Graças ao êxito, Mike e Ben lançaram esta semana o disco Royal Blood (Warner), que traz uma massa sonora da melhor qualidade em pouco mais de 30 minutos. O peso é constante em todas as faixas, e o duo já deixa isso claro na abertura com “Out of The Black”. Já “Figure it Out” abre com um riff de baixo com uma levada mais blues que vai crescendo no refrão lembrando o trabalho de Meg e Jack White.
A outra referência geralmente associada à banda, os Queens of The Stone Age, aparece em “You Can Be So Cruel”. “Blood Hands” é mais arrastada e retoma a sonoridade do blues rock, dando passagem para a ótima “Little Monster”, que é melódica e pesada ao mesmo tempo.
“Loose Change” tem algumas passagens que lembram “I Cut Like a Buffalo”, do The Dead Weather. É nessa faixa que a voz de Mike aparenta ser bem semelhante à de White. “Careless” apresenta um hard rock tão bom quanto o feito pelo Wolfmother. O clima segue até o fim do disco com a densa “Better Strangers”. O disco é impecável e, sem dúvidas, agrada aos ouvidos dos fãs de rock pesado.
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