O conflito começa quando surge Carol (Luz Cipriota), dançarina e aluna de Júlia. Após ver as duas juntas em casa, Zeca começa a acreditar que está sendo traído. A partir deste ponto ele passa a ficar obcecado pela ideia e por Carol. Tal obsessão se transforma em paixão e a cabeça do rapaz começa a dar nó. Para ele, o romance das duas é claro, a ideia da traição o deixa atormentado, mas o prazer de estar junto com Carol é inegável.
A construção do filme é interessante, principalmente pela forma como a história é narrada. Zeca apresenta os personagens como se visse a história de fora. Ele está inserido em um romance onde ele é o autor e o protagonista.
O jovem é atormentado pela ideia do livro que nunca termina, pela influência de Rubem Fonseca, e pela pressão do pai, que não acredita que o filho vá ter algum futuro se não sentar e escrever. Zeca sempre foi cercado por livros, e escreve desde novo. Sempre preferiu quadrinhos aos livros. Para o pai, o grande problema de Zeca é a falta de maturidade.
Com quase 30, Zeca não mostra ter nenhuma perspectiva. Passa o dia vagando pela cidade, fumando, bebendo. O romance com Carol é uma ruptura, uma aventura que pode ser inspiradora. Ele cria fatos, imagina, e acredita nas próprias invenções, mas no fim, se dá conta de que nem tudo sai do jeito que ele quer. O resultado é que ele precisa descobrir o que fazer pra amadurecer e se tornar o protagonista de sua própria história. Mas nem sempre essa descoberta pode ser feita em 90 minutos.
Um comentário:
Nem a eternidade seria suficiente para contarmos um verdadeira história de amor!
Quer que eu minta?
Um abração carioca.
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