por Bruno Bartholini
O filme Jobs, de Joshua Michael Stern, é surpreendente. A conhecida história do ex-fundador e CEO inovador da empresa Apple Computers já havia virado livro e, agora, chegou ao cinema muito bem representada. É inesperado, porém muito positivo, que Ashton Kutcher apresente uma atuação tão diferente do que faz na série Two and a Half Men. Ambos os personagens são mentes brilhantes do mercado tecnológico e da internet. Mesmo assim, sua interpretação de Steve Jobs é muito, mas muito superior a imitação barata de Mark Zuckerberg (criador do Facebook) na série de TV. Talvez porque o segundo é um trabalho livre para ser criado e em Jobs, a figura já estava pronta. Seja lá o que for mais difícil para um artista, inventar um personalidade ou reproduzi-la, o fato é que Kutcher nunca foi tão bem sucedido como neste papel.
A admiração declarada do ator pelo criador da Apple o fez imitar, muito bem por sinal, até sua forma peculiar de andar. Além disso, os dois se parecem muito fisicamente quando a empresa ainda estava em seu início. E é nesta época que o filme está focado. A história dispensa apresentações e, por isso, inteligentemente, a película prioriza a personalidade difícil, o caráter ambicioso e a grande capacidade criativa do ex-CEO da companhia. O filme evita abordar o sucesso da empresa mais valiosa do mundo e mostra como a trajetória até este posto foi difícil e muito longa. Um belo filme com uma ideia final muito evidente: Jobs era um louco. O suficiente para mudar o mundo com sua visão e loucura.
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