
Em Os treze problemas, um grupo de amigos se reúne toda terça-feira para contar um caso de assassinato. Em cada encontro um integrante conta um caso. Quando a história termina, o restante do grupo tem que propor a solução, apontando um culpado e justificando a escolha através de elementos e observações coletados durante a narração. O grupo é bem heterogêneo, sendo composto pelo escritor Raymond West, pelo comissário da Scotland Yard Sir Henry Clithering, pelo sacerdote dr. Pender, pelo procurador sr. Peyherick e pela atriz Joyce Lemprière e pela velha Miss Marple.

Os treze problemas são crimes que retratam o nível máximo de brutalidade do ser-humano, misturando obsessões e sentimentos alimentados de forma negativa por ciúme, ganância, luxúria, raiva, entre outros. Em cada capítulo um caso é contado e sua resposta é descoberta. É interessante que todos têm um desenrolar surpreendente, mas sem ultrapassar a linha para o lado do irreal. Algumas histórias trazem elementos tão comuns aos dias atuais que é possível sentir-se lendo as páginas de um jornal que relata mais uma brutalidade do cotidiano bem articulada em ambientes onde a ganância parece ser o principal, e talvez único, valor.
Os problemas são resolvidos quando as técnicas e as fantasias são deixadas de lado e passa-se a observar o que é plausível de ser enxergado na natureza humana. Quando é possível perceber que o homem não tem limites, ou escrúpulos, para brigar por aquilo que anseia mais do que qualquer coisa.
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