sexta-feira, 4 de abril de 2014

Som de Lá - Enérgicos

Cage The Elephant é uma das bandas mais enérgicas da atualidade. Com shows empolgantes, os garotos fazem rock alternativo com pegada punk, capaz de animar plateias de qualquer tamanho. O nome do grupo apareceu na cena alternativa em 2007, após o show que eles fizeram no SXSW. Após a apresentação eles assinaram contrato com a EMI e se mudaram dos Estados Unidos para a Inglaterra para lançar o primeiro disco.

Para mostrar a identidade, a estreia levou o nome da banda. Cage The Elephant (2008) traz diversas referências, que vão do blues ao punk rock, passando pelo indie e pelo grunge. "In One Ear" tem os versos com levada meio rap, e uma batida que traz o bom e velho blues americano à memória. "Ain't No Rest for the Wicked" segue pelo mesmo caminho, enquanto "Tiny Little Robots" é mais veloz e lembra o som do Red Hot Chili Peppers em algumas passagens. "Lotus" e "Back Against the Wall" começam a levar a música do quinteto para um lado mais indie. No geral, o disco é um trabalho mais cru, que mostra toda a energia que a banda pretendia mostrar.

Thank You Birthday (2011) já traz uma face mais produzida e mais alternativa da banda. "Aberdeen" é um dos grandes momentos do trabalho do Cage, e o vocalista Matt Shultz mostra o que aprendeu com o grunge, cantando com um vocal arrastado nos primeiros versos e esganiçando a voz no vocal. "Shake Me Down" repete a fórmula e também é um dos destaques do trabalho do grupo. Nos shows, deve ser impossível ficar sem cantar o ver "Even in a sunny day...". Em "2024" os meninos voltam a mostrar a face punk. Já "Sell Yourself" tem um estilo mais nervoso e um vocal desesperado. Já "Right Before My Eyes" é uma ótima balada, prato cheio para os indies de plantão. "Flow" encerra o trabalho com uma viagem mais introspectiva, um momento de descanso depois da agitação das outras 11 faixas.

Com uma bagagem maior, a banda lançou no ano passado o ótimo Melophobia. Sem precisar provar nada para ninguém, eles se esbaldaram na simplicidade do rock alternativo para criar faixas como "Spiderhead" e o hit "Come a Little Closer". "It's Just Forever" traz uma participação interessante de Alisson Mosshart (The Kills, The Deadweather). O disco segue com canções mais suaves como "Telescope", "Hypocrite" e "Halo". Em "Teeth" eles recuperam um pouco da urgência do primeiro disco, mas voltam a desacelerar na semi-acústica "Cigarette Daydream", que encerra o disco com um clima suave e ameno. Talvez um reflexo da maturidade dos integrantes da banda.

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