Reinvenção

Muse - The 2nd Law (2012)

Poucos artistas são capazes de inovar e se arriscar  em novos territórios depois de conquistar a fórmula do sucesso. Não é o caso do Muse. The 2nd Law traz uma banda mais ousada e mostra que eles tem suas referências no passado e se mantêm antenados com as novas sonoridades.

O disco abre com a épica "Supremacy", com riffs inspirados em Led Zeppelin. Em seguida vem a primeira surpresa. "Madness", o primeiro single do disco, flerta com a música eletrônica e lembra o clássico "I Want To Break Free" do Queen. Pop de ótima qualidade. E não é de agora que eles estão usando o grupo de Freddie Mercury como referência. Em The Resistance, a inspiração é bem perceptível. Nesse novo trabalho a influência do Queen volta a aparecer em "Survival". A faixa foi tema oficial das Olimpíadas 2012. Do singelo piano no início ao final épico, a canção já entra no grupo de clássicos da banda.

Outra surpresa do disco é "Panic Station". Segundo a banda ela foi influência por "Superstition", do Stevie Wonder, mas não tem como ouvir sem pensar em Michael Jackson e lembrar um pouquinho que seja do Queen. "Follow Me" seria uma música como outra qualquer, se não fosse a porrada eletrônica que invade a segunda metade.

Em "Liquid State" e "Save Me", o baixista Chris Wolstenholme assume os vocais para cantar sobre seus problemas com o álcool. O disco encerra com duas instrumentais. "The Second Law: Unsustainable" e "Isolated System". A banda assumiu a inspiração e a influência que receberam de Skrillex nessas músicas. Por se manterem de olhos e ouvidos abertos, Muse foi capaz de se reinvetar e fugir das limitações impostas pelo atual mercado musical.