quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Quem Conta um Conto - Os horrores da adolescência

Adaptação cinematográfica de 'Carrie, a estranha'
Em 1974, era publicado o primeiro livro de Stephen King. Carrie, a estranha não impressionou só pelo horror ao contar a vida da confusa e misteriosa personagem que descobre ter poderes psicocinéticos. O escritor põe de um jeito desconfortante e fora do clichê as dificuldades que é preciso enfrentar durante a adolescência. Os últimos anos de escola são vividos como um grande jogo estratégico, em que sonhos começam a se despedaçar e o caráter a ser moldado. Carrie White, a figura estranha - não há melhor adjetivo -, é quem sofre por ser tão fora dos padrões de beleza, de inteligência e de comportamento.

Filha da religiosa fervorosa Margareth White, ela enfrenta problemas em casa e na escola. Além da mãe ser completamente avessa a comportamentos julgados impróprios - mas que qualquer um faz -, força a menina a seguir suas ordens sob orações. As roupas que é obrigada a usar são só mais um motivo de todos na escola tirarem sarro de Carrie. Muito calada e fechada, a menina não tem amizades ou quem a defenda, sendo os professores alheios aos deboches e às implicações que ela sofre.

A história começa, inclusive, com o episódio que desencadeia o evento final. Foi a gota d'água que faltava para transbordar anos de aceitação calada. Foi o empurrão que faltava para tomar coragem de colocar um basta em tudo. Embora o final seja trágico, claro, tem como se otimista e usar a devastação de uma cidade como uma boa metáfora de traumas sofridos.

Aos poucos, Carrie descobre que possui poderes psicocinéticos que a permite movimentar objetos com a força da mente e se aproveita desse dom - ou possessão, caso você concorde com a mãe dela - para se livrar de todos. Chris Hargensen é quem parece sempre por trás das implicância. A mimada menina é responsável pelo episódio vexatório que desencadeou a raiva que foi extravasada no dia do baile de formatura.

Sue Snell e Thomas Ross são os personagens que ficam entre a vontade de se redimir e que realmente são boas pessoas que se deixam levar algumas vezes para não se sentirem fora do grupo de destaque da escola. Embora tenham tentado agir de boa fé, no fim das contas, Carrie não teve como distinguir quem realmente participou da brincadeira constrangedora no dia do baile, prejudicando a todos.

Neste ano, Carrie, a estranha ganha a terceira adaptação para o cinema, tendo sido a primeira em 1976,  por Brian De Palma, e a segunda em 2002. A expectativa em torno do lançamento é tanta que já foram liberadas fotos do filme, que traz Chloë Grace Moretz (Carrie White) e Julianne Moore (Margareth White). Abaixo, um vídeo de divulgação gravado em um café em Nova York.

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