quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Balanço Musical de 2009

Com o acontecimento de vários fatos que entrarão para a história, podemos dizer que 2009 foi um ano bastante movimentado no mundo da música. Da perda do maior ídolo das últimas décadas até o surgimento de novos estilos, que, se Deus quiser, serão passageiros, muita coisa aconteceu.
No cenário internacional o que mais marcou foi a morte de Michael Jackson, em junho. Acredito que todos se lembram o que estavam fazendo na hora que a morte foi anunciada. Michael mudou o jeito de fazer música, inovou nos clipes e é lembrado até hoje pelo seu "moon walk", que surgiu lá nos anos 80. Além da morte de Michael, todos se lembram da surra que a cantora Rihanna levou de seu ex-namorado Chris Brown, do fenômeno "Single Ladies" que se alastrou pelo globo e pelo sucesso da nova "diva" pop (cof cof) Lady Gaga.
Grandes discos também foram lançados esse ano. "Humbug" do Arctic Monkeys que mostra uma fase mais soturna e madura da banda; "The Resistance" do Muse, com influências do Queen, uma sinfônia dividida em três partes e grandes canções que concerteza são clássicos; "Battle For The Sun" do Placebo, que traz uma bateria mais destacada, pesada; além de outros discos também lançados esse ano que são ótimos.
Já aqui no Brasil, a onda foi [e, infelizmente, ainda é] das bandinhas... coloridas [nao encontrei outro termo que definisse melhor]. Cine, Restart e outros representantes do estilo, lotaram as paradas brasileiras com suas músicas "chicletes" [e chatas] e carregaram milhões de pré-adolescentes para seus shows. Quem também tocou até dizer chega foi a Wanessa [ex-Camargo] que, a cada cinco minutos, tinha sua música "Fly" (parceria com Ja Rule), tocando nas rádios e nos canais de música e Pitty, com o hit "Me Adora" com seu refrão extremamente pegajoso e uma melodia agradável.
Falando em Pitty, não posso deixar de falar do "Chiaroscuro". O disco foi lançado em agosto, mas os fãs começaram a conhecer algumas músicas em junho, quando a banda começou a executar três faixas nos shows. O título represeta bem o conceito do disco que já mostra sua dualidade na primeira faixa. É notável o amadurecimento da banda, tanto nas letras, quanto nas melodias, e pode-se dizer que Pitty nunca foi tão banda, quanto agora, já que a maior parte das músicas foram compostas por parte dos integrantes ou por todos, deixando só uma pequena parte para as letras mais confecionais compostas pela cantora.
Outro disco lançado esse ano aqui no Brasil que merece destaque é o "Da minha vida cuido eu" de Megh Stock, banda que carrega o nome da vocalista, mas que ficou conhecida como Luxúria, depois de botar 2 singles em Malhação e 1 em primeiro lugar na parada da MTV. Com a mudança no estilo das músicas, segundo a própria Megh, o nome também deveria ser mudado, pois o antigo nos remetia ao peso das canções antigas. Esse disco traz canções com influências de jazz, blues, rockabilly, folk e novos instrumentos como sax, órgão, violino, flauta e até cítara, que dá a "Caderno de Riscos" um tom de música indiana. Apesar de ter um belo disco, os problemas pessoais e os modismos que assombram o rock nacional impediram que Megh fosse mais longe esse ano.
Outros discos nacionais que podemos destacar também são: "Camisa 10 Joga Bola Até na Chuva" de Charlie Brown Jr., "Lento" de Érika Martins, "Acústico" de Detonautas, "MTV Apresenta", uma versão Desplugada do Autoramas e o demorado disco homônimo do Manacá, prometido desde o segundo semestre de 2008.
Com seus altos e baixos, o ano foi bom para a música e esperamos que 2010 seja muito melhor.

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