sábado, 23 de julho de 2011

De volta ao luto

Um misto de menina delicada com uma mulher de coração partido. Era essa a visão que eu tinha de Amy Winehouse. Mesmo com tantos escândalos, abuso de drogas e a obsessão amorosa que viveu, seu talento era inegável.
Quando ouvi “Rehab” pela primeira vez resisti, afinal, tinha um pouco de aversão à essas coisas que estouravam e logo saiam da cena, por terem, na maioria das vezes, um conteúdo vazio. Mas me enganei. Quando parei para conhecer e entender, me apaixonei pelo trabalho que Amy fez em seu segundo disco, Back to Black (2006).
As músicas são todas autobiográficas, e mostram a complexidade da vida da cantora. Além disso, ela soube explorar bem os ritmos do jazz, do blues e da soul music. Se aparentemente ela era frágil, franzina, quando cantava crescia, se transformava. Mas apesar de suas melodias animadas e dançantes, o sofrimento e a dor eram perceptíveis nas letras e na própria expressão de Winehouse.
Suas idas e vindas com Blake, o amor obsessivo... tudo se transformou em música. Talvez tenha sido esse o início de sua morte. Seu envolvimento com as drogas se tornou mais forte, suas apresentações passaram a ser mais curtas e seu público menos paciente.
Mesmo com todos os problemas, Amy era verdadeira e passava isso para sua música. Sua morte acabou com seu sofrimento, suas lágrimas secaram sozinhas. Seu legado é sua voz visceral, que continuará emocionando a mim e a todos os fãs.



Por: @Sou_PH

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